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Maria Izabella Soares Aquino: Encantada da nossa história!

Maria Izabella se foi no Dia do Historiador e poucos dias depois da regulamentação da profissão, conquista de mais de 50 anos de luta. Estudante brilhante, esforçada, atenciosa e generosa com tod@s ao seu redor, esteve desde os primórdios do AHORU atuando em muitos projetos: as entrevistas com os indígenas do Sangue, a digitalização dos acervos da câmara municipal e da secretaria paroquial de Uruçuí e o projeto QR Code de preservação de pontos históricos da cidade. Foi semifinalista na Olimpiada Nacional de História do Brasil em 2017, e ainda no ensino médio apresentou trabalho em 2018 junta a outr@s colegas em evento científico para estudantes de graduação, sendo aplaudida por uma sala lotada. Mesmo tão jovem, Izabella foi fundamental para a cultura e história de Uruçuí e do Piauí, mas partiu muito antes do que deveria. A falta que sentimos não é apenas pelos projetos e sonhos interrompidos, mas pela saudade dessa pessoa carinhosa, dedicada e que autenticamente lutava pelo bem de tod@s e por um mundo mais justo, democrático e feliz. Ninguém sabe a hora que vai, e, por isso, aprendamos com Izabella, que teve sonhos, projetos e AÇÕES até o fim de sua trajetória. Lembrando dela, sigamos felizes na luta e pelo privilégio de termos convivido com essa pessoa incrível. Como diriam os índios no Nordeste – como os do Sangue, cuja história ela ajudou a contar – as pessoas não morrem, se encantam. Como se foi no Dia do Historiador, e pelo tanto que fez na sua breve vida, Izabella é uma Encantada, protetora da nossa história!

Índios do Sangue no trabalho “Indígenas gamela no cerrado piauiense”

Os indígenas Raimundo Alves dos Santos e Deuseni Pereira dos Santos, da etnia Guegue do povoado Sangue em Uruçuí, participaram da “Oficina de produção de mapas e boletim dos Gamela”, realidado em Bom Jesus em 2019, com indígenas Gamela e Akroá-Gamela do Piauí e do Maranhão. Desse encontro, foi produzido o “Boletim Estratégias de desenvolvimento, mineração e desigualdades: cartografia social dos conflitos que atingem povos e comunidades tradicionais  da Amazônia e do Cerrado / Indígenas Gamela no cerrado piauiense”, no âmbito do projeto Nova Cartografia Social da Amazônia. Nesse material, entre as páginas 27 e 29, é relatada a pesquisa do IFPI coordenada pelo professor João Paulo Peixoto Costa e que contou com o trabalho das alunas Marília Coelho, Allana Lacerda, Kamila Santos e Ianaelly Silva (indígena do Sangue) acerca das memórias e identidades da comunidade. Também aí, Raimundo e Deuseni contam das histórias, tradições, lutas e desafios dos índios do Sangue.

Para baixar, acesse o link: http://novacartografiasocial.com.br/download/01-indigenas-gamela-no-cerrado-piauiense/